quinta-feira, 18 de março de 2010

A tragédia do IVA!

Tailândia, Haiti, Chile, Madeira, são referências ligadas a tragédias que não nos deixam esquecer as forças dos tsunamis, sismos e, no caso da Madeira, de uma enorme enxurrada que, naquele Sábado de má memória, arrastou consigo vidas e sonhos numa demonstração impressionante de destruição.

Quase de imediato e acompanhando a reacção do povo madeirense uma onda de solidariedade atravessou o país impulsionada pela capacidade incisiva dos meios de comunicação. Repetiram-se gestos de ofertas dos mais variados tipos, não houve banco que não tivesse aberto uma conta solidária com a Madeira, os CTT assumiam os portes para as ofertas em géneros enviadas para a ilha!( Ver aqui)
Todos se disponibilizaram!
Impressionante!
Como já é habitual em situações semelhantes também era possível ajudar monetariamente através do envio de um SMS ou ligando para um número 760 xxx xxx.
E, caros amigos, a atitude dos portugueses também aqui foi simplesmente impressionante! A última vez que tive informação do acumulado por esta via a coisa ia em cerca € 800.000,00! Não, não há zeros a mais! São, volto a repetir, uns impressionantes, € 800.000,00 que os portugueses decidiram oferecer ao povo da Madeira usando o seu bem amado telemóvel. Num tempo em que nos afogamos e nos teimam em afogar na crise instalada e para durar, esta resposta tem que se lhe diga.
É a reacção à tragédia.
E “Tragédia” foi a palavra mais usada para o que se passou na Madeira.
É uma palavra forte mesmo do ponto de vista fonético e até tem um acento!
Impressiona!
E era essa a intenção que parece ter tido resultado.
Mas quero-vos falar de uma outra tragédia. A tragédia IVA! Este IVA é mesmo uma tragédia!
Ora façam lá contas. Todos estes donativos por SMS ou ligando para o tal número são sujeitos a IVA, sim esse IVA!
E, como não sou candidato a Primeiro-ministro, rápidamente vos informo que 20% de € 800.000,00 são € 160.000,00! Poupo-vos aos extensos!
São ou não são impressionantes estes € 160.000,00 que, pura e simplesmente, oferecemos à DGCI!
Sim, oferecemos, porque estes senhores, pura e simplesmente, não abdicam deste imposto! Nem neste caso!
Nem a palavra tragédia os impressionou, nem sendo na Madeira!
Nada!
É a excelência na cobrança de impostos!
Em todos estes “ÉssesÉmeÉsses” que por aí vão aparecendo haverá sempre um beneficiário comum, um vencedor.
O IVA!
O Estado, o Estado que também sou eu, devia corar de vergonha por cobrar estes 20%! Este IVA, sim, é uma tragédia… ou uma comédia negra.

terça-feira, 9 de março de 2010

A Praça do Comércio teve uma trombose!

Lembram-se da Praça do Comércio?
Aquela praça ao fundo da Baixa Lisboeta antes do rio Tejo?
A que também se chama Terreiro do Paço por ter sido morada dos Reis de Portugal desde o século XVI até ao sismo de Lisboa em 1755?
Infelizmente nessa data sucumbiu ali não só Paço mas também uma notável biblioteca com cerca de 70.000 volumes.
Mais tarde foi o ponto de partida para a recuperação e construção da Baixa com o actual formato e ganhou o nome de Praça do Comércio.
Foi também ponto de chegada de Reis e Chefes de Estado, pelo Cais das Colunas, mas esses agora preferem as salas VIP dos aeroportos.
E já não habita por lá a nobreza, nem dessa nem de outra, qual triste fado dos nossos eleitos que por ali vão pairando naqueles ministérios que já foram rosa republicano mas que agora voltaram ao amarelo original. Até o Tolan que conheceu o princípio do seu fim a 16/02/1980 dali saiu! (ai que já lá vão 30 anos). Aquilo foi cá uma novela! Filme melhor só o dos Secos e Molhados! A esta altura do campeonato já talvez alguns de vocês estão a pensar no que me terá dado para escrever este texto a armar ao historiador de Olissipo!
Eu sei que face ao nome do blog vale quase tudo mas não foi isso que me trouxe aqui!
Trouxe-me aqui mais uma notícia sobre esta imponente Praça.
Não vos quero assustar mas a Praça... teve uma trombose!
Apesar da sua resistência às asneiras que lhe foram sendo infringidas ao longo da sua existência não foi possível evitar mais este desaire.
Desde cedo Lisboa se foi desenvolvendo ao longo do Rio Tejo, desde sempre um meio privilegiado de circulação.
Por analogia, muitas estradas e caminhos-de-ferro “copiaram” o caminho dos rios e, talvez por isso, entre o concelho de Oeiras (Algés) e o concelho de Loures (zona da Expo), este eixo rodoviário tem, desculpem, tinha sempre pelo menos duas faixas de rodagem para cada lado.
Agora, na Praça do Comércio, apenas existe uma para cada lado o que se revela ser um atrofio na circulação.
Uma trombose, como li algures e vos mencionei atrás!
Tudo entupido nos dois sentidos e sem remédio à vista, parece-me a mim!
“Devolver a Praça aos Cidadãos”, são estas as palavras que estão pintadas nos painéis do estaleiro da doente, mas soam tanto a falso como aqueles anúncios dos tira gorduras fantásticos ou dos restauradores de cabelo.
Faço notar ainda que todo o tráfego vindo de Norte se passará a efectuar pelas Ruas do Arsenal e Alfandega. Simplificando, o trânsito que “desaparecer” dali irá incomodar muito mais gente nas outras ruas da Baixa, a tal Baixa viva por enquanto. Aquela Baixa onde ainda sobrevive o Martinho da Arcada.
Estranhamente, e apesar de parecer uma espécie de varrer de lixo para debaixo do tapete, o silêncio à volta da coisa mais parece um não dar jeito falar dela!
Mesmo a solução encontrada, por exemplo, para as passadeiras colocadas em frente do Cais das Colunas, que são muito bonitas mas que pura e simplesmente não se vêem, são um atentado à segurança, não só pela questão da visibilidade como no material utilizado que é extremamente escorregadio, especialmente se molhado. Perguntem a quem anda de moto e retirem conclusões.
Concordo que se deva limitar a velocidade na zona com semáforos, com radares, com lombas, com polícia ou com outro estrategema qualquer em que somos tão imaginativos (leia-se coimas) mas deixando o trânsito fluir em duas faixas!
A Praça é realmente espectacular mas também especialmente GRANDE! Grande ao ponto de nem perceber bem como vai ser ocupada, por exemplo, em dias de Verão à chapa do sol.
Os ministérios vão sair? Já pensaram verdadeiramente como tratar das dezenas de pessoas que ali dormem todas as noites ao abrigo das arcadas? Nunca pensaram em plantar árvores? Se fizeram o túnel do metro não conseguiam enterrar também o tráfego rodóviario? Isto podem ser apenas umas atoardas para o ar mas são tão ideias como as outras todas!
Reconheço com agrado o desvio dos esgotos de cerca de 100.000 habitantes de Lisboa que “desaguavam” directamente no Tejo. Esta sim uma grande obra.
Mas sabem, eu também gosto de Lisboa, nasci em Lisboa e tenho família "espalhada" entre Stª Apolónia, Bairro Alto, Santos e Algés. Perdoem-me se apenas os quero visitar sem ter que dar a volta ao mundo.

quarta-feira, 3 de março de 2010

The Muppets - Bohemian Rhapsody

The Muppets... grandes!
Queen... também grandes!
Juntem os dois e têm esta enorme e hilariante peça com muitas das personagens dos Marretas, como lhes chamamos por cá!
Muitos já terão visto mas mesmo assim deixo o link do You Tube para ver ou rever.
Que mais vos posso dizer? Há mais aqui!
Divirtam-se!