terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Coisas em estrangeiro!

Tenho a mania de ler o que está escrito nas embalagens dos mais variados produtos que compro.
É com cada pérola que se encontra! E não falo das traduções, para algo que pretensamente seria o português, porque esse fenómeno valerá certamente uma mensagem só para esse efeito!
Mas reparem lá nesta:
Blanka Vanish Oxi Action Intelligence Crystal White Plus Gel
É ou não é espectacular este amontoado de palavras em língua inglesa que colocaram numa embalagem de um simples detergente?
Os tipos que escreveram isto divertiram-se à grande! E acrescentaram um simpático e tecnológicamente intrigante “Com Detector de Nódoas”. O que será isto?!
Que saudades dos Glutões do Presto que devoravam nódoas de Sangue, Ovo e Sujo Entranhado com os seus Enzolves! Bom, a verdade é que também não sei o que será um enzolve...à frente!
Aparentemente somos muito sensíveis a estas coisas escritas ou ditas em “estrangeiro”.
Uma marca alemã de automóveis remata, actualmente, todos os seu anúncios com um convincente “Das Auto” numa voz sussurrada plena de certezas. Desta forma somos imediatamente teletransportados para um mundo de rigor tecnológico inimaginável caso fosse transmitido... em português! Assim não há lugar sequer para a dúvida! É dito em Alemão! Não é um carrito! É “Das Auto”!
Se pega a moda com as marcas japonesas e coreanas vai ser um fartote!
Nem a Bosch resistiu ao mais que português Bosch é Bom e coisas como “Com Meias CD Quem Ganha É Você!”, já não têm hipóteses! Muito menos o portentoso “Com Meias Ferrador Nos Pés Percorra Portugal da Lés-a-Lés”!!
Até a música que acompanhou a selecção portuguesa de futebol nas últimas grandes competições e que apelava num animado português ao querer mais (lembram-se?) sucumbiu aos encantos dos Black Eyed Peas com o seu "I Gotta Felling!"
E, diga-se de passagem, isto em português seria uma coisa aproximada a Os Feijão Frade e a sua música “Tenho Cá Um Pressentimento!” ou um mais simplório “Parece-me!” ou, num português mais futeboleiro, “Cheira-me!”
Enfim, também não me parece! E também não tenho nada contra o grupo de Los Angeles.
Mas num mundo em que andamos todos a falar e defender a “imagem” parece-me quase inverosímil que, com tanta gente mais ou menos consagrada que há por aí a fazer excelente música, não haja um projecto português musical a acompanhar a aventura da selecção em África.
Afinal o Cabo da Boa Esperança ainda é o das Tormentas.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Desvio!

Desvio!
A palavra traz-me de imediato à ideia aquelas placas amarelas que andam por aí espalhadas nas estradas e nas ruas das cidades.
Aparecem como que do nada e parecem indicar aquilo que lá está escrito, um desvio. Digo parecem porque muitas vezes não consigo perceber do que é que me estou a desviar nem para onde me leva o desvio. Naturalmente, para mais se não conhecer o lugar, desvio-me! Depois de desviado passo a desorientado porque nunca mais encontro o caminho!
Desaparecidas as desejadas placas amarelas que me iluminariam o caminho entro numa sucessão de descobertas de ruas, ruelas, cruzamentos, estradas e estradinhas e, caso não chegue a algo que reconheça, aí sim, aparecem os primeiros sintomas de comportamentos desviantes cientificamente reconhecidos nos indivíduos perdidos! É a "Síndrome Do Beco Sem Saída" que se revela!
Ainda por cima, caso leve o GPS, aquela ríspida voz feminina que mora lá dentro repete, sem dó nem descanso, “calcular rota”; “faça uma inversão de marcha… legal”; “calcular rota”; “faça uma inversão de marcha… legal”. Começo por resmungar entre dentes qualquer coisa pouco simpática para a "rapariga" mas programaram-na para não se calar e não tenho outro remédio senão tirar-lhe o pio ou, pura e simplesmente, desligá-la!
Invade-me uma perturbante alegria por conseguir calar a fulaninha, mesmo continuando perdido!

Eu sei, eu sei, não é fácil calar uma mulher. Pelo menos esta, quando a volto a ligar, não me responde de imediato: “Eu não te disse que era por ali?”
Ou será que por detrás de tudo isto existe alguma teoria da conspiração para desviar pacatos cidadãos do Bom Caminho ?! Devo desviar-me ou seguir o meu caminho original? E se não me desviar poderei ser punido para sempre por não aceitar as sábias recomendações que pela frente me deparam?
Estou perdido!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A saga do autoclismo avariado!

A improbabilidade de se falar aqui de um autoclismo era grande. Até para mim!
Mas como aqui cabe quase de tudo...
Bom... o aparelho avariou. Partiu-se uma peça lá para o interior.
Claro está, tuga que se preze, não se deixa abater assim à primeira!
Como a habitual "porradinha lateral" não surtiu efeito, como nas TV´s, vai daí e toca a desmanchar a coisa. Com cuidado que aquilo é de loiça. Loiça mas não uma loiça qualquer! É "Loiça Sanitária" que deve assim chamar-se talvez para não ferir susceptibilidades com a outra loiça que habita cá em casa, lá mais para as bandas da cozinha ou sala. Nada de confusões!
Com as entranhas à vista a desolação era uma certeza! Uma peça de plástico tinha-se partido e tudo ficou desconjuntado e, pior, espalhado naquele espaço exíguo.
A primeira dificuldade foi perceber como aquilo funcionava caso estivesse operacional. Mas nem fiz grande esforço para isso porque fui desmanchar o outro autoclismo, irmão gémeo deste, instalado na outra casa de banho mesmo ali ao lado.
Surpresa!
Iguais por fora, totalmente diferentes por dentro!
Voltei à formula inicial para perceber exactamente como funcionava a coisa e, diga-se de passagem, consegui! Boa!
Agora é só comprar uma peça destas ou, eventualmente, um novo mecanismo destes.
Daqui para a frente é só rir!
Já entrei em pequenas lojas de bairro onde descobri que, se calhar, há muita gente que não sabe escrever autoclismo. Auto-Clismo, Ótoclismo e até um autoquelismo vi! Deve ser do Acordo Ortográfico! Ou será A Cor Do Orto Gráfico? À frente! Nestas simpáticas e cada mais raras lojas impera a ideia do "Este é universal, dá!" "Não dá", digo-vos eu! Como tanta coisa na vida, isto do ser universal resulta que não fica bem em lado nenhum!
Num outro tipo de lojas, lojas tipo boutique que vendem equipamentos para salas de banho, perdão, Salas de Banho, com letra GRANDE, daquelas cheias de torneiras que nos enchem de dúvidas apenas para lavar as mãos e com pelo menos 3 dígitos no preço, o ar profissional e simpaticamente falso passa quase a desprezo quando peço apenas e só uma coisa destas. Ainda para mais de uma simples marca portuguesa! Nem italiana ou mesmo espanhola!
Apenas numa delas se esforçaram ao ponto de me pedirem que lhes leve uma foto, mesmo que seja de telemóvel, do autoclismo. É que assim contactam a fábrica  e talvez se consiga...
Restavam-me as grandes superfícies da bricolage. Lá fui, desconfiado, para a catedral. O Aki, que já não é Aki mas sim Leroy Merlin. Não me safei! Nem o nome aproximado a feiticeiro fez magia.
Isto não me acontecia com os autoclismos "Dilúvo", não me fariam uma desfeita destas!
Mas não pensem que o assunto não está resolvido!
Um bocado de fio eléctrico, um atilho, uma inesperada colher dos gelados Olá e... já está!
Funciona na perfeição! Bem, quase na perfeição, pois já ficou a gastar água uma tarde de Sábado, prejudicando definitivamente a minha pegada ecológica deste mês!
A minha filha J. diz que eu vi demasiados episódios do MacGyver... mas usa a casa de banho!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Demo por um dia!

Não sou muito de carnavais nem grande folião mas um dia, em terras de Podence, embalado por aquele ambiente e a convite do Grupo de Caretos de Podence deixaram que me transformasse num deles, num Demo! O poder daquela máscara, o colorido fantástico dos fatos e os ruidosos chocalhos transformaram-me durante uma tarde nesta inesquecível energética e diabólica criatura. "Os Caretos representam imagens diabólicas e misteriosas que todos os anos desde épocas que se perdem no tempo saem à rua nas festividades carnavalescas de Podence no concelho de Macedo de Cavaleiros.
Interrompendo os longos silêncios de cada Inverno, como que saindo secretos e imprevisíveis dos recantos de Podence, surgem silvando os Caretos e os seus frenéticos chocalhos bem cruzados nas franjas coloridas de grossas mantas."
Experimentem um dia este Carnaval transmontano pleno de rituais que cruzam o pagão e o religioso. Atrevam-se!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O primeiro!

O primeiro!
O primeiro "post"!
É este!
Fartei-me de pensar do que haveria de escrever aqui na inauguração. Falo de quê? De mim... nããã! Do que faço profissionalmente? Fujam, ou fujo eu!
Bom, talvez começar por dizer a dificuldade para arranjar um nome para este blog! Escolha que fizesse era indisponibilidade pela certa! Queria alguma coisa em volta de "quase blog", "blog sei lá", "meio blog" e... nada! Tudo indisponível! Bolas, esta malta escreve que se farta e, provavelmente, do mesmo que quero escrever... mas em bom!
Vai de inventar, pois então, para sair isto: "De Quase Tudo e Quase Nada".
Xiii... agora que olho para ele, nem sei! Mas agora está criado e já não me sinto capaz de o abandonar! Pieguices!
Sabe-se lá o que aqui caberá! De tudo, ou talvez nem por isso! Umas fotos, uns links de coisas que por aí vá encontrando, uns acontecimentos ou encontros improváveis, uns petiscos, uns passeios, sei lá!
Ahhh... este ataque bloguista também deve estar relacionado com o facto de ter estado quase privado de,  em privado, poder privar com estas coisas. É que o meu anterior portátil entregou a "board" ao criador, uma qualquer marca lá para as bandas de Taiwan. Isto de chamar "board" dá um ar sério à coisa, talvez por ser em estrangeiro, mas no fim o prejuízo é o mesmo apesar de ser em €uros, a moeda que se usa agora por cá.
Mas hoje vinguei-me e arranjei um blog! Bolas, até encontrei um nome!
Fui à busca, Googlando pois claro, com este conjunto de palavras que dão o tal nome a este blog. "Bati" em Júlio Dantas, escritor português, que curiosamente morreu no ano em que eu nasci, 1962.
Se mais quiserem saber do senhor podem procurar aqui mas por hoje fica apenas a citação:
"O amor nasce de quase nada e morre de quase tudo"
Estão a ver! Já valeu a pena!
Apareçam!