quinta-feira, 9 de maio de 2019

Vamos até aos Picos da Europa!

Dia N-1
Era dia 1 de Maio, o Primeiro de Maio.
Estava eu "esvacalhado" no sofá a ver um documentário qualquer num daqueles canais derivados do National Geographic quando, já pela tarde, tocou o telefone.
Era o Carlos Bastos a desafiar-me para no dia seguinte irmos dar uma volta de mota.
Sim, claro, respondi eu numa calma olímpica!
Vamos até à Arrábida e almoçamos um peixinho algures por aqueles lados, propus eu!
Apetecia-me dar uma volta maior mas não sei onde, respondeu ele.
Vamos até ao Douro? Alentejo? À Galiza?
Nada...
E, do nada, saltou para a conversa... Picos da Europa!
Boa ideia! Quando vamos, perguntei.
Pode ser amanhã de manhã, se quiseres!
Está feito!
Daqui a pouco, quando tiver as coisas arrumadas, telefono-te!
Desliguei e, meio atarantado com a decisão, lá sosseguei a cabeça para organizar a bagagem.
Vou buscar o saco velho do costume que cabe na "top case" da moto e vai de seleccionar a roupa que levo.
Cada vez levo menos e chega sempre e sobra!
Nos dois pequenos alforges laterais levo fato de chuva, uns petiscos para o caminho, umas ferramentas, óleo da transmissão da mota...
Acho que está tudo.
Pelo sim, pelo não actualizo no telemóvel os mapas da Cantábria, Astúrias, Leon e Castela e Galiza. O Carlos conhece bastante bem a zona, eu também já lá estive e temos a mania dos mapas mas pode dar uma ajuda.
Telefono-lhe de volta dizendo-lhe que estava tudo pronto para irmos.
Horas para sair?
Gostamos de sair cedo para aproveitar o dia mas, na verdade, já não durmo grande coisa nestes dias com a agitação da saída!
Já que não durmo, saio cedo!
Fica para as 6h!
Feito!

Dia 1 - 2019-05-02
Ainda antes das 6h saímos.
Eu já sabia que o Carlos também não sossega nestes dias!
Os dias de ligação são sempre aqueles que mais custam, não só pelos cerca de 800 km a vencer até Boca de Huérgano (Riaño) mas também pelo tipo de estradas que faremos.
Os troços em auto-estrada são chatos, vê-se pouco e, em Portugal, são caros.
Assim sendo tentamos um mix que, não sendo a forma mais rápida de lá chegar, tem variações que despenalizam a monotonia das AE´s.
Saída de Lisboa pela A1 em direcção à A23 passando pelo meu Km 91,4 onde em Agosto de 2018 fiquei "agarrado" com um furo no pneu traseiro.
Desta vez, logo a seguir, quando entramos na A23 alinham-se à nossa frente a Lua e Vénus num horizonte ainda baixo e de lusco fusco.
Era, certamente, um indicativo de bom presságio. Pelo menos gosto de pensar que era assim, apesar de ser pouco dado a astrologias!
Pelos lados de Abrantes fugimos à A23 e íamos saindo e entrando para fintar os pórticos. O Carlos é "craque" na coisa já que é nativo da Guarda!
E assim fomos andando entre a A23, N3 e N18 até à Guarda optando pela direcção de Foz Côa, Pocinho, Bragança, Montesinho, Puebla de Sanabria onde fizemos uma paragem junto ao rio.
Na verdade toda esta zona desde Bragança merece, só por si, uma dedicada visita pelo tanto que oferece.
Recuperamos o fôlego naquele agradável local e retomamos o caminho.
Agora tomamos a direcção de Leon mas fazemos ainda um desvio à direita para ir ao encontro de Mansilla de Las Mulas. Poupam-se uns Km´s e roda-se em estradas mais secundárias. Ainda andamos de volta do mapa e do gps mas lá atinámos com um pedido de informação numa aldeia, a que prontamente nos responderam, ajudando. Tínhamos falhado um cruzamento uns 2 km atrás! Enfim, nada!
A caminho de Riaño fica-nos a vontade de voltar a um local que informava existir ali perto uma estrada romana. Talvez na volta...
Antes de Riaño, ao fundo, o horizonte muda drasticamente anunciando a presença destas fantásticas montanhas. Não há como não gostar daquela vista!
Após passar a parede da barragem de Riaño com um grande lago formado só falta chegar ao nosso destino do dia, Boca de Huérgano, logo ali a uns 10 Km.
Não trazíamos nada marcado para ficar no Hotel de La Reina.
É um pequeno hotel familiar com um pessoal naturalmente simpático e muito frequentado pela Tribo das Motas, portanto, boa gente!
Vínhamos confiantes mas ver umas quantas motos paradas por ali levanta-nos a dúvida se existirão vagas. Se não houvesse talvez o melhor fosse ir de novo para Riaño onde a oferta é maior.
Mas estava tudo bem e havia lugares.
Motos encostadas e nada melhor que um banho para recuperar!
Ao fim de um dia destes já não apetece sair para mais nada e fomos até ao bar beber uma cerveja e travar conversa acidental com um companheiro suíço, com 68 anos, e que viaja sozinho na sua GS Adventure.
Acabamos por jantar juntos no hotel já que a conversa era agradável e sempre desemperrámos o nosso francês. Para mais o preço do menu é mais que justo. São também estes bocadinhos que dão alma a uma viagem e que nos ensinam que é muito melhor ser um visitante, respeitador de quem está, do que apenas um turista ávido de cumprir à letras os passos perfeitos dos guias e das reviews.
Passam-nos, entretanto, a informação que o Desfiladeiro de Beyos está cortado devido a uma derrocada. Temos que decidir forma de contornar aquilo. Logo se vê lá para as bandas de Cangas de Onís.
Vamos dormir que amanhã há mais!

Dia 2 - 2019-05-03
Uma taça de café para acordar e uma tostada a acompanhar!
Arrumamos tudo e decidimos não marcar já outra noite neste local. Logo se verá como corre o dia e onde ficamos.
Saímos em direcção a Potes pelo Puerto de San Glorio.
São os primeiros contactos com a presença física da montanha ali mesmo! Apetece começar a parar para tirar umas fotos! É quase inevitável esta sensação, pelo menos para mim.
As previsões meteorológicas eram boas mas isso não interessa nada.
Em Puerto de San Glorio, a cerca de 1.600m de altitude, a natureza mostra quem manda aqui. Nevoeiro cerrado e uma chuva miudinha cortam-nos a vista para o vale e obrigam-nos a circular bem devagar. Existe um miradouro bonito neste trajecto, o Mirador del Cervo mas só demos por ele quando lhe passamos ao lado! Tal era! É assim durante uns quilómetros até sairmos daquele "chapéu" a meio caminho de Potes.
Revela-se, mesmo assim, o vale esplendoroso já que ainda estávamos alto.
Num recorte com mesas de piquenique paramos pois a moto do Carlos ficou sem luzes de médios. Não convinha nada mas, ao que consta, esta GS é uma "papa-médios" e ele tem uma suplente!
Vai de mudar!
Coisa simples que se complicou. Primeiro partiu-se uma das protecções em plástico dos contactos e depois saiu do sítio o arame que agarra a lâmpada e nunca mais atinávamos com aquilo!
Ainda saltaram da mala as ferramentas mas lá se resolveu a coisa sem necessidade de abraçadeiras, atilhos e adesivo!
Até Potes sempre a descer com paragem quase que obrigatória para visitar esta pitoresca localidade. Sim, é turística, mas vale a pena.
Num saltinho vamos até ao Mosteiro de Santo Toribio de Liébana que dizem possuir um verdadeiro pedaço da cruz onde Cristo foi crucificado.
Um pouco mais acima a pequena Ermida de San Miguel oferece uma vista soberba. Valeu este desvio.
Voltamos a Potes para seguirmos pela CA185 até Fuente Dé que nos esmaga com uma parede maciça de rocha. O nevoeiro cobre o cume e as cabines do teleférico desaparecem por entre as nuvens. Decidimos não subir pois informam-nos que lá em cima a visibilidade é quase nula e nem recomendam caminhar na zona.
Regressamos a Potes para apanhar a N621 em direcção a Panes pelo Desfiladeiro de La Ermida que não sendo o mais apertado ou espectacular dos que por aqui existem é o mais longo de todos impondo-se também fortemente na paisagem.
Dali para Cangas de Onís a estrada é um pouco mais larga (AS114) e as curvas menos acentuadas pelo que o percurso se torna um pouco mais rápido.
Infelizmente as névoas não deixaram os cumes e o Naranjo de Bulnes esteve sempre escondido. Nessa medida também não fomos a Sotres e Treviso mas são localidades que valem a pena ser visitadas.
Passagem por Cabrales, terra dona de um fantástico queijo azul. A não perder!
Não chegamos ao centro de Cangas de Onís e seguimos directamente para um dos postais das Astúrias. Covadonga. Local que congrega história, espiritualidade e natureza. Fazemos a visita obrigatória à Cueva e à Basílica com toda a facilidade uma vez que indo de mota se estaciona praticamente à porta, facto bem improvável para quem for de carro. Em dias de muita afluência isto é uma loucura de gente!
Voltamos a Cangas de Onís e procuramos local para dormir que facilmente se decide assim que paramos a moto. Ficamos mesmo ali na rua da "Ponte Romana" que julgo ser Medieval com a sua bela Cruz da Vitória suspensa na mesma.
Já que estamos em terra de queijo que venha uma tábua deles para o nosso jantar e também umas batatinhas fritas com uns queijos creme para escorregarem melhor! Soube bem acabar o dia assim!
Antes de ir dormir procurei um banco que não me levasse a bela comissão de Eur 2,00 por levantamento. Lá encontrei uma ATM, no Liber Bank. Mas foi ainda melhor... deu-me o papel com o comprovativo de levantamento de Eur 150,00 mas não me deu o dinheiro! Vamos ver o que acontece na minha conta! Senti-me num casino a  acabar de perder uma aposta!

Dia 3 - 2019-05-04
De autocarro até aos lagos! Sim, de bus!
O transito naquela estrada que liga Covadonga aos Lagos de Covadonga é de tal maneira intenso que se viram obrigados a, em períodos de grande afluência, vedarem a circulação a viaturas privadas pois pura e simplesmente o caminho ficava obstruído. Motos incluídas. Só o poderíamos fazer antes das 8h da manhã e na descida teríamos que seguir atrás de um autocarro.
Decidimos ir no tal autocarro e demos a nossa passeata a pé lá em cima aligeirados do equipamento motard! Lagos Enol e Ercina, Minas de Buferrera, Mirador de La Reina e Centro de Interpretação dos Picos da Europa

complementam a nossa visita
antes de voltarmos a descer no tal bus e apreciar a destreza dos condutores cruzando-se em pontos estratégicos do percurso.
Voltamos a perguntar no Turismo se o Desfiladeiro de Beyos estava ainda cortado. Disseram-nos que, por ser fim de semana, param os trabalhos e é possível passar numa faixa apenas recorrendo-se de sinalização com semáforo. Excelente novidade que nos pôs a caminho pela N625 até ao tal desfiladeiro mais do que desejado! E vale mesmo a pena! É talvez o mais apertado de todos sendo quase claustrofóbico em alguns pontos. Notável obra de engenharia encaixar esta estrada aqui!
Deixamos as escarpas e seguimos para Puerto de Ponton, viramos à esquerda para uma estrada de montanha (LE244) pelo Puerto de Panderruedas em direcção a Caín, passando por Posada de Valdeón. Após esta povoação a estrada até Caín que acompanha o Rio Cares é muito estreita pelo que há que ter cuidados redobrados. Atenção às restrições ao tráfego em alturas de grande afluência de gente. Existe aqui a possibilidade de apanhar um autocarro desde Posada de Valdeón.
En Caín obrigatório fazer a pé, nem que seja apenas um troço, da Ruta del Cares.
Imperdíveis as falésias,  aquelas passagens em túneis, as pontes e o trilho escavado na rocha! Há que o fazer e recordar para sempre! A não falhar!
No regresso ao parque de estacionamento encontramos um simpático grupo vindo de Portugal, também a viajar em moto, com o lema "Volta Pipi (estás perdoado)". Pipi porque iam fazer os Picos da Europa e os Pirenéus entre 2 e 16 de Maio! Valentes!
Dali decidimos regressar ao local onde dormimos no primeiro dia seguindo pelo Puerto de Pandetrave até Portilla de la Reina e apanhando depois a N621 até Boca de Huérgano.
Desta vez ainda mais gente ali junto ao hotel. E já não era cedo. Volta a correr tudo bem e arranjam-nos quarto para dormir. Correu mesmo bem!
Repetimos ali o jantar pois é uma óptima solução e na companhia do tal grupo que encontramos em Cain que também ali estavam alojados e que, simpaticamente, nos oferecem um "tócolante" da sua volta Pipi! Que façam uma boa viagem! Isto acaba por ser pequeno nestas voltas por estes vértices.

Dia 4 - 2019-05-05
E era dia de voltar! As noites por aqui ainda são frias e esta não foi excepção. -4ºC durante a madrugada deixaram as motas com uma camada de gelo em cima e o alcatrão também com gelo, especialmente nas zonas de sombra.
Pelo sim, pelo não e apesar de a estrada ter sal e ser rugosa adiamos a saída até que a temperatura subisse um pouco mais.
A meio da manhã fazemos as despedidas cordiais a estes simpáticos responsáveis do hotel e decidimos que viríamos pelo Douro onde poderíamos pernoitar na casa que foi dos meus avós paternos.
Após Riaño cruzamo-nos novamente com a tal indicação de "Estrada Romana" e decidimos ir espreitar. Conduzimos as motos por uma pequena estrada de terra até onde pudemos. Era mais fácil com a Transalp mas a CBF também lá chegou. Para a GS aquilo é o seu habitat natural!
Esta estrada romana está identificada como "Rota de Senderismo" com o código PR-LE 36 Camino Real.

Cheira-me que o reino se apropriou desta calçada que foi romana mas isso é algo a investigar. A primeira parte do nosso trilho é basicamente lama e nada de ver a tal Calçada Romana. Mas a coisa muda de figura cerca de 1 Km à frente onde ela se começa a mostrar em todo o seu esplendor ainda antes da passagem em El
Pajar del Diablo e no Pico Llobera. Encontra-se este troço ainda em muito bom estado mostrando a construção cuidada, quer do piso quer dos taludes, naquele local acidentado. As vistas para o rio Esla para os prados e para a estrada que o acompanha são fantásticas por entre os bosques de carvalhos. Valeu a pena esta incursão acidental!
Regressamos às motos tomando a direcção de Valencia de Don Juan onde decidimos também fazer uma pequena paragem. Aquele Castelo do Séc XV impõe-se na paisagem junto à bela ponte que atravessa o rio.
Toca a despachar serviço pela Autovia Ruta de La Plata até Benavente onde derivamos para a Autovia de Las Rias Bajas em direcção ao Lago de Sanabria.

Aqui mais uma paragem. É também um local magnífico este enorme lago natural de origem glaciar! Para mais estava bom tempo e, nesta altura, estava tudo muito calmo, condição que é muito difícil de encontrar em pleno Verão quando a área se enche de gente para vir à praia. Uma verdadeira enchente que temos a sorte de não encontrar!
Visita de médico feita e saímos já em direcção a Portugal passando por Montesinho, Bragança, Foz Côa, São João da Pesqueira, Castanheiro do Sul e... Desejosa, o nosso destino. Já estávamos desejosos de cá chegar, para falar verdade!
Procedemos à manobra de arrumar as motos junto à casa, talvez a mais arrojada de toda a viagem! Mas ficou tudo direitinho! Amanhã é que vão ser elas para as tirar de lá! É hora de descansar mas também aqui não há muito para fazer!


Dia 5 - 2019-05-06
Operação de retirar as motas do local onde estavam estacionadas realizada com sucesso. Com umas resmunguices pelo meio mas com sucesso!
Regresso a Lisboa mas, já que aqui estamos, ainda vamos inventar mais umas curvas pela N323 para ir até um miradouro numa estrada abandonada junto a Távora e depois visitar o Eremitério de São Pedro das Águias.
Junto à Granjinha tomamos a estrada a descer para este monumento românico, talvez o mais importante do concelho de Tabuaço. Se a ideia era estar afastado de tudo, conseguiram! Era realmente um desterro. Hoje chega-se cá muito bem nesta pequena estrada e até nos deparamos com uma visita de estudo que aproveitámos não só para ir ouvindo umas explicações como também ter acesso ao interior do mesmo, o que é raro. Apesar de ter um interior bastante despojado não deixa de ser interessante ter tido o respectivo acesso.
Toca de desmanchar o que nos resta destas curvas do Távora em direcção a Viseu via Vila Nova de Paiva e Satão. Não sei o que é pior para quem vem neste sentido. Se seguir por dentro de Viseu entre transito, semáforos e intermináveis rotundas se ir "dar a volta ao mundo" para apanhar o IP3! Desta vez demos a volta ao mundo! Talvez não fosse mau reverem a sinalética neste acesso pois quem não conhece há-de ter todas as dúvidas possíveis. IP3-Coimbra a verde, sinalética da A24 e 25 a  azul onde aparece Coimbra por AE e Guarda tudo junto e sei lá mais o quê sem nunca aparecer o raio da indicação inicial a verde do IP3. Isto é só para quem sabe! Quando já achamos que estamos mal e a andar não se sabe bem para onde lá surge o IP3! Pronto! Agora é seguir em frente neste perigoso IP onde todo o cuidado é pouco. Agora as paragens são nas áreas de serviço para esticar as pernas desenjoar de tanta AE. E também para vigiar a corrente da moto que está nas últimas! Já não foi boa, acabei com o resto!
Chegamos a casa bem depois destes cerca de 2.300 Km.
Os Picos da Europa são um belo destino e, para quem gosta de viajar de moto, são já um clássico. E justificado!
Resta-me agradecer ao meu companheiro de viagem Carlos Bastos a excelente companhia. Ainda por cima beneficiei do facto de ele conhecer melhor a zona. Nem a chuva nos incomodou, o que não é fácil por estas paragens! Apenas umas névoas a esconder uns cumes aqui e ali mas aqui manda é a natureza e contra isso não vale a pena lutar.
Até um dia destes!

7 comentários:

  1. Estás um palavreador do catano, continua assim, grande abraço

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  2. Bela reportagem Zé, e eu que ando cheia de saudades dos Picos. Quem me dera ter menos 30 anos...ah mas fiquei muito contente, não é que reconheci S. Pedro das àguias quando postaste no FB? fiquei um pouco confusa dado que a viagem era pelos Picos. Parabéns

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    1. Foi no regresso para não vir de repente para casa não fosse o corpo estranhar! Aquilo é perto da terra dos meus avós paternos.😁 Abraço

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  3. Já não me lembrava de como escreves bem... Viajamos contigo ao longo do caminho... Beijos grandes com saudades tuas. Lilinha

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